A vida não para!

A vida é efêmera.  É um fato!
Talvez parte da beleza dela e do “viva intensamente” esteja justamente aí.
Ninguém sabe que dia ela termina.
Poucas vezes na vida a gente realmente lembra que não temos a vida nas mãos,
que ela não é uma garantia.

O dia que entrei naquela UTI neonatal, quando Juliana nasceu, eu tive essa sensação tão clara.
Eu a tinha em minhas mãos mas não tinha de verdade.
Eu não podia fazer nada por ela. Só rezar, mandar boas energias e força pra ela.
Diariamente, a todo momento, a todo minuto que eu tinha minha mão em cima daquela incubadora.

Prometi pra mim mesma que não escreveria um relato detalhado da UTI neonatal no meu relato de nascimento da Ju.
Decidi assim porque simplesmente é um momento que ficou na nossa historia.
Tantos coisas se passaram e quando algum assunto UTI neonatal vem até mim, parece que me transporto direto pra lá novamente.

Por que estou aqui hoje falando da UTI neonatal, então?

Depois de 1 ano e 4 meses, daquela terça-feira 23/06, que eu senti o maior medo da minha vida, estamos celebrando a vida novamente.

Celebrando através do bastismo,
desse renascimento,
desse caminho de luz, abençoado por Deus. 
E naquela água do batismo, Juliana nasceu novamente e foi como um fechar de ciclo.

A vida na UTI é uma vida paralela.
Medida a bipes, controlada a minutos, dia após dia. A UTI é a paciência, a fé e a esperança.

Ela venceu e renasceu assim como todos nós, juntamente com ela.
Porque a vida é feita de suspiros e momentos.
Hoje novamente me sinto grata a Deus e toda energia que me permitiu viver hoje esse momento.

Feliz pelo nosso reencontro. Feliz por renovar a fé e a vida com ela. 
Minha lutadora! Minha supresa de amor.


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