Mamãe foi trabalhar! O balanço da carreira e a saudades dos filhos

Já escrevi no blog sobre a dificuldade de conciliar carreira e maternidade.
Dizem por aí, que a gente acostuma.
Pois bem, tô esperando esse dia chegar.
Simplesmente, tem dias que são mais fáceis e outros que são tão mas tão complicados.
Há dias que a saudade aperta demais.

Há argumentos que o que vale na verdade, é a qualidade.
Qualidade do tempo.
Mas que qualidade se não há quantidade de tempo suficiente pra se ter qualidade?
Essa é só uma mentirinha que nós mães contamos pra nós mesmas.
Quem sabe um dia a gente se convence?
Não. Eu tenho certeza que meu tempo com ela não é suficiente.

Eu me culpo por isso? 
Às vezes, confesso, mas essa é a minha realidade. 
Essa é a realidade da grande maioria das mães;
Feliz sou eu que tive uma licença maternidade de 7 meses.
Feliz sou eu que apesar de tudo, gosto da minha profissão.
Essa não é a realidade da grande maioria das mães.

A certeza que ela está bem, suas necessidades atendidas, sendo amada e paparicada cada segundo pelo vovô e pela vovó, tranquiliza meu coração, lógico.
Reduzir a saudades?Jamais.


Escuto seu "Quero a mamãe!" desde a hora que eu chego.
Escuto seu "Não quero dormir!" 
Quem quer dormir quando a mãe chega?
Escuto seu "Deita aqui comigo, mamãe."
Tento dissolver o bolo na garganta,
a saudade que é quase palpável entre nós duas.

Você, que trabalha com uma mãe,
não ligue se os olhos delas
 ficarem marejados ao falar do seu filho.
Não ligue se ela contar cada gracinha dele 
ou se rir até chorar.
É só saudades!
É só um jeito de estar em casa mesmo longe.
É só a vontade de abraçar, de beijar, de cheirar.
É só o desejo de estar por perto.



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