Recordar com coração – Um relato pra Minha Maria Eduarda da sua gravidez


Minha filha querida,

 Queria ter palavras para te contar o que senti quando vi um positivo naquele teste. Primeiro, eu fiquei chocada. Me recordo com clareza e sentir uma alegria incrível e um medo aterrorizante. Alguém por favor me explica, como a gente vira mãe? Eu vou conseguir? Até aquele momento, eu só cuidava de gatos e de mim.

Entrei na nóia que ia dar tudo errado. Não sei explicar. Tinha tanto medo de te perder. Na verdade, desde aquele 30/08/2010, eu vivo como se meu coração estivesse contigo e não mais comigo.

As coisas melhoraram depois da primeira ultra. Foi no dia 28/09/2010, no fim do dia, após o trabalho. Eu só sabia pedir a Deus que tudo estivesse bem com você. E estava. Bebê implantado, batimentos a mil. Avós em êxtase e família curtindo a sua chegada.

No meu coração, tinha certeza que você era um menino. Não sei o motivo. Não era uma preferência, posso te afirmar. Era uma sensação forte. Pois é...mãe também se engana. Eu nunca consegui sonhar com você. Papai sonhou duas vezes com uma menininha. Ele sempre teve certeza que era você, florzinha e não, um menino. Com 12 semanas, eu vi um bebê, que rolava na minha barriga e com 16 semanas, descobri meu mundo rosa. Minha Maria Eduarda. Meu mundo Maria.

E dali surgiu o enxoval, que contou com contribuições artesanais da vovó e da bisa. Tudo escolhido com carinho e apego, pra menina dos meus olhos. E os primeiros chutes, com 20 semanas, trabalhando após o almoço? Lembro de ter exclamado: “Ela chutou!”. E dali em diante, filha, você fez da minha barriga um campo de futebol.

E ela foi crescendo e crescendo. Quero deixar aqui registrado pra você que apesar do sono devastador e do inchaço, eu amei ficar grávida. Amei gerar você, na barriga e no coração. Dia após dia. Semana após semana.


 Quando fizemos a ultra 3D, já pudemos confirmar sua semelhança com a vovó. Sempre foi a cara dela. A gravidez foi cheia de emoções , hormônios a mil. Uma queda que me deixou 15 dias de molho e uma menina que não me impedia de dormir, mesmo quando chutava freneticamente na madrugada.







Você foi naquele ano meu maior presente de aniversário. Apenas alguns dias antes do seu nascimento. Eu curti você, naquela mansão gigantesca, tendo a certeza que ia morrer de saudades, do dia que eu era você e você era eu. Juntas.

E a véspera do seu nascimento chegou como um foguete. Passou tão rápido. Eu tive medo novamente. Medo de errar, de falhar e não conseguir ser uma boa mãe. Tive muito medo. Fecho os olhos nesse momento e lembro de mim, na minha postura clássica daquela época: mão na barriga, acariciando você.

 Foi um ano lindo. Foram 9 meses intensos para me preparar para uma nova caminhada. Para um amor enorme.Entretanto, o amor que tomou minha vida no dia que você chegou nos meus braços, foi muito maior do que aquele que meu coração imaginava.






02/05/2011 as 22h10min, chegava na minha vida a minha Maria Eduarda, meu reflexo pro mundo. Simplesmente você, minha menina!!!

Comentários

  1. Lindooooo!!! Choreii!!! Amor incondicional é lindo de mais!!!! Acho que quando chegar a minha hora meu maior problema vai ser a ansiedade pra ver a carinha.... Beijos Suellem Possas

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  2. Marcela minha doula predileta!!!

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  3. Q lindo!!! Mto emocionante Marcela!! De se arrepiar e os olhos se encherem de lágrimas... Me imaginei passando por todos esses momentos... O medo, a ansiedade, o nervosismo, as noites acordadas, as alterações hormonais, etc etc.. É um turbilhão de coisas que se passa na kbça... Mas hj, vc tá mostrando q tá tirando de letra, uma mãe super amorosa e dedicada! Super mãe!!
    Continue escrevendo, q eu vou acompanhar....
    Bjs Yone.

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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