Reflexão de uma mãe: Mãe e profissional ao mesmo tempo. Eis a maior dificuldade da maternidade.


Muitos falam do tal “terrible two”, das crises de choro, das noites sem dormir. Eu diria que meu maior dilema é me dividir entre a minha maternidade e minha carreira. Esse é meu maior desafio desde o meu retorno ao trabalho.

Eu cresci pensando em faculdade, trabalho, estudar, bom emprego. De repente, chegou aquela menininha na minha vida e me fez ver a vida com outros olhos. Continuo amando meu emprego, minha profissão mas um “clique” surgiu na minha vida pós Maria Eduarda.

Não foi um “clique” imediato não. Por aqui, definitivamente não foi. Eu demorei a aceitar que a Marcela antes da Maria Eduarda tinha ido embora. Não havia mais lugar pra ela na minha vida. Aos poucos, eu estou descobrindo essa nova Marcela, que ainda ama sua profissão, mas não a coloca mais no mesmo pedestal de antes.

Reconhecimento profissional e financeiro eram extremamente significativos. Hoje, posso afirmar que não trocaria um salário monstruoso por fins de semana trabalhados e jornadas extensas de 12h. Minha vida hoje é outra, eu quero cumprir meu maior desafio: Criar uma menina de bem, que respeite seu próximo  e que saiba que no mundo a gente pode ser o que quiser, gostar do que quiser e refletir amor.

Portanto, aqui eu decidi que iria conciliar vida profissional e minha vida como mãe. Assim tenho feito há mais de 2 anos e acho que tem dado certo, dentro do possível. Não acredito naquela famosa frase de que o importante é qualidade e não, a quantidade. Não é possível ter uma qualidade boa com tão pouco tempo. Eu tento! Tento compensá-la todos os dias, todas as noites e todas as manhãs. Minha dedicação nos fins de semana é integral e total. Somos eu e ela em tudo. Eu aprendi a brincar com ela e isso também foi complicado (assunto para outro post)

 A culpa bate? Bate! Bate várias vezes! Essa foi a única culpa da qual não me livrei ainda. A única que persegue hoje a Marcela em transformação. Minha rede de apoio aqui é essencial para a manutenção da minha vida profissional. Sem meu marido, minha mãe e meu pai, tudo isso seria impossível. Graças aos meus pais, eu tenho uma menina que não chora quando saio para trabalhar apesar de alguns dia, pedir “fica comigo!” e acabar com o meu coração.

Toda essa teia de apoio que se formou envolta da Maria Eduarda reflete a criança que ela é. A menina que observa as borboletas, pega grilo na mão (isso aprendeu com a avó, eu tenho pavor!!!) e sabe o quanto é amada por todos que a cercam.
 
Minimizo a ausência tentando busca-la na escola algumas vezes, comparecer a todos os eventos que a escola propõem, telefonar, fazer eu mesma de vez em quando, uma comidinha pra ela que come requentada mas toda feliz, sabendo que foi a mamãe que fez. Dia após dia, eu penso em algo pra reduzir essa distância e ir levando a carreira que adoro com a filha que amo tanto. Semana após semana. Dia após dia.




Comentários

  1. Que lindo texto!
    Você é uma super mãe, amiga!

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  2. Parabéns pelo texto!
    Penso nisso diariamente, penso em como vai ser minha vida depois que meu pequeno chegar e eu ter que trabalhar!

    http://doceviida.blogspot.com.br/

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  3. Nossa amiga!!! Que texto intenso...me identifiquei mto.

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  4. parabéns! adorei!!!

    sou lá do e-family, tb comecei um blog, aliás to fazendo um sorteio lá...

    vai la em promoções e participe

    www.maternidadedivertida.com.br

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  5. é assim que me sinto......mas tudo que fazemos é por eles.....

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