Infinito que só, forte e poderoso!

Em espaço ínfimo mas que cabe meu mundo inteiro
Comporta um faz e desfaz, agitação, euforia, tristeza, solidão.
Ressurge todos os dias, tem idéias mirabolantes e pensamentos insólitos
sonhos estranhos, quentes, férteis.
Raciocina, trabalha, se enaltece
Corre, dança, rebola, curte, foge, dorme, geme
Sorri, ri, gargalha, chora, fica trêmula, range
Hoje é um e amanhã consegue ser diferente e depois de amanhã será ainda mais.
Dói, dar força, traz vida, dá a luz, gesta, ama e alimenta
Todo dia a gente despende ódio. Revira os olhos
Faz e cria imagens irreais.
Em raros dias, olha de lado, meio perfil,
gosta, ama, colore-se
E nesses dias não é só a imagem mas tudo colore-se
Riso, beijo, sonho
Uma luta de viver, lutar e aceitar
Nosso infinito particular (como diria Marisa Monte).

Infinito só nosso
Forte, guerreiro de todos os dias.
Que nos ergue cada manhã ou que nos fortalece a cada despertar
Dono mais poderoso do nosso eu próprio.
Digno dos nossos questionamentos e palavrões por toda uma vida.
Esse infinito que podia ser diferente, que podia ser como do outro
mas que é tão especial que é só nosso, modelo exclusivo.
Ninguém terá um igual, ninguém vai usufruir de seus prazeres como nós.
Quem compartilhar dos seus prazeres é convidado. 
Assim como, somos convidados na casa alheia. 

Aquele ditado que diz que a grama do vizinho é sempre mais verde,
vale pra esse espaço, essa matéria tão imensamente importante e tão pequena no universo.
A gente nasce e cresce para acreditar que do outro é melhor.
A vida passa deixando todo esse potencial de lado. Sem te dar os seus louros, suas medalhas.
Sem parabenizar, sem ver mágica, sem ver divindade, sem ver amor, sem ver...
Um dia, chega o momento que ele se apaga. Toda sua capacidade chega ao fim.
Que contas vamos prestar com universo sobre nosso habitat?
Quantos anos passamos odiando nosso corpo?
Uma vida inteira sem enxergar sua real funcionalidade, beleza e necessidades.
Uma vida inteira de frustrações e luta por algo....
por um infinito imaginário, idealizado e fora das mãos,
que evapora e some no ar como cinza.


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